quarta-feira, 2 de julho de 2008

E agora, José?

E quem conhece Salvador sabe como é irritante aquele engarrafamento do Rio Vermelho. Não faço referência a algum em especial, porque qualquer ponto do bairro é um tormento para os motoristas. E naquele dia, José não havia de escapar de ficar preso em uma daquelas ruas do velho bairro boêmio. Ele não quis nem olhar as horas. Apenas abaixou a cabeça e fechou os olhos, à espera do saculejo de um ônibus em movimento, o mesmo saculejo de que tanto reclamava em outros momentos. Vê, José? Não existe certo nem errado, somente circustâncias; tudo é relativo e nunca diga nunca.

Felizmente, muitos minutos depois e poucos metros a mais, José conseguiu sentar. Também pudera! Mal a senhora tinha acabado de se levantar ele já estava colocando suas pernas por trás dela, garantindo o lugar. E, sentado, foi ensaiando sua parte no seminário sobre psicanálise que apresentaria mais tarde. A concentração foi tamanha que quando percebeu já estava perto da faculdade. E ele enfrentaria outra odisséia. Trombadas, bundadas, braçadas e tudo o mais a que tinha direito para conseguir atravessar aquela aparentemente intransponível massa humana até a porta do ônibus. Mesmo corpulento e desajeitado, José conseguiu saltar a tempo, antes do motorista seguir caminho.

3 comentários:

Edu França disse...

Vc tem blogs de deixar qualquer um tonto...

Seu texto é seco e vc é ácido nas críticas, gosteim embira não conheça Salvador, mas entenda bastante de engarrafamento!

Tiago Cardoso disse...

Véi... ja vim varias vezes em seu blog e ñ sabia que tu era aki de Salvador...

Rio Vermelho entre 17 e 18h... NINIGUÉM MERECE!!!!!

Fabiana disse...

muito bom o texto!!!
vc escreve muito bem!

valeu pelo comentario em meu blog!

beiijos